Viajar é sempre uma delícia e, às vezes, na gestação pode somar passeio, férias e compras do enxoval.
Muitos casais desejam viajar na gravidez, mas e aí? Viajar na gravidez é seguro? Quais os principais cuidados uma gestante deve tomar?
Na literatura encontramos uma “Cartilha de Medicina Aeroespacial” criada pelo Conselho Federal de Medicina e revisada em 2011 com algumas orientações e dicas para tornar esse momento seguro.
As altitudes atingidas pelos voos comerciais pouco provocam adaptações sentidas pelo corpo humano e, quando isso ocorre, o desconforto é sentido pelo ar mais rarefeito na cabine do avião.
A grande preocupação na gestação se dá pelo aumento do risco de trombose (devido a hipercoagulabilidade aumentada pela gravidez) somada ao tempo de imobilização prolongado.
Porém, de uma maneira geral e salvo algumas exceções, fazer viagens na gravidez não é contraindicado, desde que, algumas medidas sejam tomadas.
Gestantes com histórias obstétricas de risco, trabalho de parto prematuro anterior, incompetência istmo cervical, sangramentos ou atividade uterina (contrações) aumentadas não devem embarcar.
O voo não aumenta a incidência de descolamento de placenta como algumas pessoas falam por aí.
Algumas companhias aéreas pedem uma declaração médica autorizando a viagem aérea em semanas específicas, algumas a partir das 28 semanas e outras bastando a mulher estar gestando.
Todas as companhias exigem atestado médico autorizando o voo após a 36 °semana da gestação e, aí, você já entra numa fase crítica em relação a possibilidade de nascimento (lembrando que a partir das 37 semanas completas de gestação o bebê não é mais considerado prematuro, ou seja, está prontinho para nascer.
Após a 38°semana, só é permitido a viagem se o médico obstetra estiver acompanhando a gestante durante o voo e se responsabilizar pela paciente.
No pós-parto, não há restrições aos voos curtos, mas não é aconselhável viajar com recém-nascido já os voos longos devem ser evitados pela imobilização prolongada e o aumento do risco de trombose inerente do puerpério e pior nas pacientes submetidas a cesariana.
Dicas:
– Viajar durante o segundo trimestre da gravidez
– Evitar dieta produtora de gases antes e durante o voo
– Usar roupas leves
– Movimentar os pés e tornozelos com pequenos exercícios
– Caprichar na hidratação
– Avaliar a necessidade e indicação do uso de meias elásticas (prescritas pelo seu médico)
– Avaliar anemia e trata-la antes
– Avaliar a necessidade e indicação do uso de anticoagulante com seu obstetra.