Inúmeras pesquisas mundiais têm como objetivo estimar a taxa de prolapsos genitais e incontinência urinária na população e estudos chegam a afirmar mais de 50% de prevalência nas mulheres acima de 50 anos.
É uma condição exclusiva da mulher no climatério ou menopausa? Não. Mulheres jovens também podem ser acometidas com essas condições e independente da idade devem procurar atendimento especializado para melhora ou solução do problema que, sem dúvida, afeta imensamente a qualidade de vida da mulher.
Buscando uma alternativa eficaz e não cirúrgica para mulheres que não querem ou não podem se submeter a uma cirurgia para correção do órgão prolapsado que pode ser a bexiga e/ou o intestino/reto e/ou o útero ou a cúpula vaginal para pacientes com cirurgia de retirada prévia do útero, os pessários surgiram como uma grande alternativa.
São dispositivos colocados dentro da vagina com objetivo de manter o órgão prolapsado mais perto da sua posição anatômica com a preocupação do conforto para o uso.
Por desinformação ou tabu, o Brasil tem uma taxa ainda muito baixa de uso de pessário quando comparado aos países de primeiro mundo o que acaba limitando o tratamento, por fim, ao cirúrgico.
O modelo mais utilizado lembra um anel colocado pelo médico ou profissional de saúde habilitado após avaliação adequada das paredes vaginais, secreção vaginal bem como a escolha do tamanho ideal. Consultas são agendadas numa frequência que varia entre um mês ou 6 meses para reavaliação, limpeza e troca do dispositivo quando necessário. É importante ressaltar a necessidade de um monitoramento periódico e higienização do dispositivo.
Mulheres com vida sexual ativa podem optar por esse método desde que se sintam confortáveis a utilizá-los nas relações ou saibam retirar e reposicionar o pessário após a relação sexual.
Alguns pessários possuem uma conformação diferente numa tentativa também de tratar a incontinência urinária frequente nas pacientes com queixa de prolapso genital, por fragilidade da musculatura e outros tecidos pélvicos.
Estudos mostram uma taxa de sucesso do pessário em 85% das mulheres que aderem ao tratamento conservador.
Em caso de não adaptação ao método e o desejo do tratamento cirúrgico, imediatamente, a mulher pode desistir do uso apenas retirando o dispositivo da vagina.
O tratamento conservador, com uso de pessário vaginais, é um método efetivo, fácil e com impacto positivo significativo na qualidade de vida dessas mulheres.