Já falamos sobre os tipos de incontinência urinária e até gravamos um vídeo explicativo sobre o assunto ( nas nossas outras plataformas). Mas, como o assunto é inesgotável, vamos falar um pouquinho mais sobre a bexiga hiperativa, um problema pouco divulgado mas que atinge até 20% da população.
Explicando sucintamente é como se a bexiga perdesse a capacidade de armazenar a urina e contraísse fora do momento oportuno, aquele que você dispara o gatilho da micção.
Isso ocorre por mau funcionamento do músculo detrusor ( o músculo da bexiga), que não relaxa adequadamente durante a fase de enchimento da bexiga, então, a pressão interna da bexiga aumenta mesmo com pouco volume de urina dentro e isso ativa seu desejo de fazer xixi – vontade de urinar com frequência muito maior do que o normal.
Associado a isso, o detrusor além de não relaxar ainda se contrai involuntariamente, tentando expulsar a urina presente dentro da bexiga e, então, urgência urinária de urgência.
A bexiga hiperativa pode não ter uma causa clara ou específica o que muitas vezes dificulta o tratamento. Sabemos que alguns paciente tem um risco aumentado de desenvolve-la como os pacientes com quadros de depressão, obesidade, artrite, doença pulmonar obstrutiva crônica, constipação intestinal, imobilidade prolongada, endometriose, fibromialgia bem como alguns usuários de certas medicações como os antidepressivos, antipsicóticos, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos e sedativos.
O diagnóstico é feito através de uma cuidadosa avaliação clínica da história da paciente associada ao exame físico. Além disso, o estudo urodinâmico pode ser importante para avaliar o quão bem os sistema urinário consegue armazenar e eliminar a urina.
Entre as opções de tratamento estão o conservador com medicações e fisioterapia, além do tratamento comportamental – com alimentação adequada e treinamento miccional. Já o tratamento invasivo consiste em opções como o botox vesical (também tem post sobre o assunto) ou colocação de neuromodulador.